quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sem foco



Vivemos nas intelectualidades
Nos projéteis das ideias
na corda bamba dos planos
nas flechas das novidades
Descolados do corpo
Decolados do chão,
não sabemos se vamos
voamos, em vão.

Mas por certo deixamos
nós mesmos esperando
voltar ao que fomos, e como!
esperando a hora, de retornar à roda
àquele que brinca, que abraça, que chora
que esquece da hora, que ri, deita e rola
que dança sozinho, suspira, se inspira
com o corpo que pulsa, que pula e implora
com tudo lá fora, um mundo redondo...

E você só num ponto, na própria cabeça
esperando a sexta, o que foi e o que resta
e o mais triste de tudo, esquecendo a vida
esquecendo a festa.

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